24.3.14

Prólogo: Das Crenças - Os Sete

Fés e Religiões


I. Os Sete

Os sete grandes deuses mencionados na cosmogonia clássica do mundo. A maioria das pessoas adora o panteão como um todo (de acordo com a situação), embora tenham preferência por uma ou outra divindade específica. Todas as sete divindades permitem uma série de interpretações e possuem diversas ordens religiosas com diversas leituras sobre sua doutrina. Não existem deuses bons e maus, caóticos e leais, apenas interpretações "boas" e "más", "caóticas" e "leais" de seus aspectos. Mesmo deuses mais presentes e – aparentemente mais benignos – como Verenestra permitem interpretações diferentes, como a do Cruzado (ver Ícones), por exemplo. Os deuses possuem um portifólio bastante abrangente e são servidos por diversas divindades menores, da mesma forma que Reis são servidos por nobres menores (aliás, a organização da nobreza "espelha" a organização das divindades).


Verenestra



Irmã de Moradin, cujo sacrifício deu origem aos anões, e consorte de Behemoth, cujo sacrifício deu origem aos dragões, Verenestra foi escolhida para liderar os sete deuses na investida final. A princípio devastada pela perda e sentindo-se culpada por ter sobrevivido, a Princesa Guerreira conseguiu canalizar esses sentimentos em forma de coragem e perseverança para que ninguém mais passasse pelo que ela passou. Por isso, após sobreviver à batalha final da primeira era, tornou-se a deusa da perseverança, da coragem e do sacrifício. É a padroeira dos paladinos, regentes com boas intenções, filantropos, líderes militares, bardos e heróis. É comum fazer orações e oferendas à Princesa Guerreira quando se enfrenta um problema de difícil solução, uma provação ou uma doença grave. Em tais oferendas, se pede à deusa não que resolva o problema, mas por inspiração e coragem para resolver por si mesmo. Assim como os demais deuses, Verenestra também mantinha uma indiferente distância do mundo físico. Tudo mudou, porém, há algumas eras, quando os demônios do abismo conseguiram criar uma rachadura na barreira entre seu mundo e o nosso. Sentindo-se culpada, por atribuir o surgimento do abismo à sua falha em matar Ngirrth’lu, Verenestra, como um lembrete para si e para o mundo, assumiu a forma preferida de seu amado (forma de dragoa) e a cor preferida de seu irmão (dourado) e desceu ao mundo para combater os demônios do Abismo juntamente com a primogênita de seu amado e sua aprendiza Tiamat. A presença das duas dragoas foi vital para a primeira vitória dos povos civilizados sobre as forças invasoras do Abismo que marcou o fim da 3ª e o início da 4ª era com a fundação do Império do Dragão (batizado em sua homenagem, por ser considerado seu “filho”). Embora, tenha terminado para as raças civilizadas, nos ermos do mundo a guerra continuou para as duas dragoas. Decepcionada com o Império do Dragão dos humanos e com a guerra entre os Elfos e os Anões, Tiamat abandonou a batalha para perseguir seus próprios interesses. Sem alternativas, a Grande Anciã Dourada mergulhou no abismo usando seu próprio corpo para impedir a travessia dos demônios (ver Ícones).

Representação: Quando não é representada em sua forma de Grande Anciã Dourada, Verenestra é representada como uma poderosa guerreira alada.



Símbolos Sagrados e Trajes: O culto a Verenestra possui dois símbolos sagrados um em homenagem a sua forma dracônica e outro à sua forma humanoide. Ambos são igualmente aceitos, embora exista alguma rivalidade entre as facções internas sobre qual símbolo demonstraria mais fé na deusa. Sendo um culto basicamente informal, não há exigências de trajes. Embora detalhes em dourado, adereços dracônicos e capas brancas (referência às asas da forma humana) sejam apreciados e vistos com bons olhos entre os seguidores da fé.

Ritos: Em comparação com outros cultos, a fé em Verenestra é bastante informal. Basta uma pequena oração a cada vitória pessoal e conquista em agradecimento à deusa. Entre os seguidores mais ferrenhos, é comum peregrinar à Cidadela Dourada pelo menos uma vez na vida ou quando se precisa de ajuda ou iluminação urgente em uma jornada. Verenestra comanda seus seguidores a:
  • Sacrificar-se para proteger os mais fracos, sempre que necessário
  • Sustentar os ideais da coragem, da honra e da justiça
  • Estar em constante vigilância contra o mal, libertar os oprimidos, considerar a caridade e a lealdade antes da ordem

Datas comemorativas: A mais popular data comemorativa ligada à Verenestra também é uma importante data cívica: O Dia da Vitória (primeiro dia do ano). Nesse dia, comemora-se a fundação do Império do Dragão e a vitória contra os seres do Abismo. Os seguidores dos Sete também comemoram nesta data a vitória dos deuses sobre o Verme que Caminha. Outra data importante, o Sacrifício da Deusa, é comemorado no último dia antes dos cinco dias sem nome (fim do ano). Embora, possa parecer uma data triste, trata-se na verdade, de uma data de renovação da fé, dos votos e da esperança para enfrentar os dias de perturbações que antecedem o Dia da Vitória.

Títulos: A Grande Anciã Dourada, A Princesa Guerreira, A Grande Serpente Dourada

Portfólio: Bondade, Coragem, Sacrifício, Perseverança

Domínios: Justiça, Contra mortos vivos, Proteção, Força, Liderança, Fogo, Sacrifício

A Rainha de Rapina

Essa "jovem" deusa foi a consorte de Ngirrth’lu durante a era dos deuses. Ao matar seu irmão Chearoco para que a vida pudesse existir ela e Ngirrth’lu criaram a morte, a vida e o próprio passar das eras. Como punição por esse ato, teve seu nome esquecido e passou a ser conhecida como a Rainha de Rapina, a Ceifadora, a Viúva do Mundo e diversos outros nomes. Por ter se arrependido a tempo e auxiliado os sete grandes deuses na batalha contra Ngirrth’lu, foi lhe permitido continuar a existir desde que zelasse pelas “rodas” (vida, morte, ascensão e queda) que ela mesma havia colocado em movimento. Até que após ter encaminhado os deuses e o próprio mundo, ela possa, enfim, descansar.
Embora, seja amplamente designada como a deusa da morte, a Rapina é, na verdade, a responsável por manter o ciclo da vida, a transição entre o reino dos vivos e dos mortos e por guiar os espíritos dos recém-falecidos até o reino dos espíritos. É também a senhora do inverno. Por fim, a deusa está ligada a todos os ciclos, especialmente em sua fase final e de recomeço. A Rainha da Rapina não gosta de interferir nos assuntos dos mortais, mantendo sua neutralidade e vindo ao mundo apenas para cumprir a sua função.
Uma vez por mês, durante as noites de Lua Nova, a deusa visita Destino em seu Jardim na Lua para receber a lista daqueles cujo ciclo se encerrará naquele mês. Acredita-se que quando tal reunião - a Lua Nova - ocorre durante ou em um dos cinco dias sem nome, muitos ciclos ou um ciclo muito importante se encerrará (geralmente, em uma grande tragédia).

Representação: A Rainha da Rapina é representada como uma deusa bela, jovem e de aparência ingênua. Com a pele extremamente clara e cabelos extremamente escuros (em um belo contraste) é sempre retratada com uma expressão terna e simpática (ao contrário do que seu portfólio, a princípio, poderia sugerir).

Símbolos Sagrados e Trajes: Os seguidores da Rainha da Rapina dão preferência a tons escuros como o negro ou roxo. Embora menos comum, alguns seguidores também usam bordô, escarlate ou vermelho escuro nos trajes ou em seus detalhes. O culto da rainha pode fazer uso de diversos símbolos dependendo do enfoque específico de cada “braço” do culto: os mais comuns são um contorno de uma ave de rapina em um colar ou em um manto; uma alça ovalar com um pequeno cabo (um ankh) e/ou um dragão engolindo a própria cauda (ouroboros).

Ritos: Obviamente, o funeral é o ritual mais importante para os sacerdotes da deusa. Por meio dos ritos funerários garante-se que o morto descansará de forma tranquila (ou seja, não voltará como um morto-vivo). Alguns setores dentro do culto da Rapina, também realizam a Benção Invernal (uma espécie de extrema unção) como uma forma de preparação para o funeral. A Rainha da Rapina comanda seus seguidores a:
  • Condenar e combater toda e qualquer forma de prolongamento artificial da vida (mesmo aquelas que pareçam mais “benignas” como a do Arquimago ou do Imperador Dragão).
  • Realizar os ritos funerários apropriados sempre que possível (especialmente para aqueles que tiveram uma vida longa ou honrada)
  •  Prestar aconselhamento diante do fechamento do ciclo (erroneamente visto como tragédia)

Datas comemorativas: A data mais importante para os seguidores da rainha é o solstício de inverno. Neste dia, segundo esta crença, a noite é especialmente longa para que a Rainha guie o espírito de todos os mortos do ano até as profundezas do labirinto do Destino na lua. Os seguidores da Deusa também consideram o período de lua nova como especial. É durante as noites escuras que a Rainha visita Destino na lua (e, é, por isso que ela não pode ser vista), para receber a lista de quais criaturas terão seu fim naquele ciclo lunar. Até mesmo os seguidores da Rainha, temem as consequências quando esse encontro ocorre durante ou em um dos cinco dias sem nome.


Títulos: A Senhora do Inverno, A Ceifadora, A Viúva do Mundo, A Mãe dos Corvos

Portfólio: Morte, Escuridão, Adivinhação, Espíritos

Domínios: Cura, Morte, Anti-Mortos Vivos, Conhecimento, Sorte, Gelo, Mudança

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